DECADÊNCIA MORAL

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Os espectáculos televisivos, filmes de longa-metragem ou até mesmo em palco nas décadas 60, 70 e até mesmo 80 eram divertidos, limpos e simples. Achávamos uma piada enorme às diferentes situações cómicas criadas para nosso entretenimento. Os actores/actrizes não recorriam à linguagem vulgar que hoje em dia é uma constante.

Lembro-me de séries televisivas tais como “All in the family, Gilligan Island, Get smart, Mission impossible, Lost in space, The man from Uncle e muitas mais que de momento me escapam a mente mas que era um prazer juntar a família em frente à televisão e passar um serão que se podia chamar agradável e divertido vendo e ouvindo verdadeiros artistas que usavam seus talentos para alegrar as pessoas que após um longo dia de trabalho necessitavam de algo para descontrair e relaxar de forma sã e construtiva.

Os tempos mudaram e hoje em dia tanto no cinema, televisão ou em palco ouvem-se “besteiras”, quer dizer palavras que nem o dicionário menciona, é uma total falta de respeito por aqueles que ainda acreditam que a decência o pudor e os valores morais devem fazer parte integrante da nossa sociedade.

As imagens nada deixam à imaginação: a violência, a indecência e a falta de valores cívicos e morais são um constante que já não nos surpreende que contagie aqueles que assistem a esses espectáculos. Já não se separa a realidade da ficção e quando uma geração é criada nesse ambiente de violência, de vinganças, de ódio, de sexo, e de drogas é evidente que os jovens e não só, se tornam insensíveis a este modo de falar e actuar, para eles torna-se uma coisa natural, sem importância e sem consequências de maior.

No mundo de hoje, um mundo global, é muito fácil influenciar aqueles que no princípio das suas vidas buscam um lugar ao sol e só encontram trevas, cheias de palavrões, armas, e o descaramento de se mostrarem publicamente de forma que se torna ofensiva para aqueles que ainda acreditam em valores morais, em etiquetas sociais e regras de bom comportamento tanto privado como em público.

Perdeu-se a noção de responsabilidade e com isto a família tradicional que hoje em dia se vai desfazendo criando mães e pais solteiros que deixam os filhos/as navegar num mar de ira, num oceano de ondas violentas que se desfazem com o rumar do tempo deixando um rasto que se vai propagando de geração para geração e com isto a esperança de um mundo melhor.

António Teixeira
António Teixeira

Para recuperar o que já está perdido serão necessários muitos mais anos de ensinamento, de educar nossos filhos de forma correcta, ensiná-los a diferenciar o bom do mau, o positivo do negativo, ensiná-los que a democracia traz liberdade de expressão mas também traz noção de responsabilidade. É forçosamente necessário trazer Deus de volta às escolas, aos lares, aos lugares de trabalho, aos lugares públicos, e aos eventos de cada dia das nossas vidas.

Muitos de vós, ao lerem este artigo, estarão a dizer para si mesmos: “Que modo tão antiquado de pensar”, mas sabem que mais? Tenho a certeza que não sou o único a pensar assim.