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400 habitantes e uma porção de terra perdida no oceano atlântico. Grupo ocidental dos Açores. Junto com a ilha das Flores formam o bloco insular mais perto da América, últimos redutos de uma Europa Comunitária que nos coloca no mapa das rotas que nos levam também às califórnias perdidas de abundância de Pedro da Silveira….
A ilha do Corvo não é uma ilha qualquer. É um curto espaço de terra habitado por gente rija e empreendedora que aprecia a sua paz. Os corvinos são ciosos da sua terra, são fiéis aos seus princípios e ás suas melhores tradições. Gente de fé, têm na Senhor dos Milagres a sua padroeira, comemorada a 15 de agosto com a maior festa religiosa e profana da ilha.
No seu aeroporto passa diariamente um avião da Sata que liga a ilha ao resto do arquipélago. No verão, as lanchas das Flores escalam o pequeno porto de forma regular carregando centenas de turistas que já não dispensam esta viagem excitante entre as duas pérolas atlânticas. O aparecimento de golfinhos no meio da viagem é a nota bucólica de uma hora de viagem que nunca é igual. A subida á cratera do Caldeirão e os trilhos constituem atrativos importantes na ilha. Mas, mais do que a natureza, a ilha oferece um queijo tradicional de sabor único que se fabrica de forma artesanal no coração da vila, um artesanato singular e criativo e um centro histórico que está a caminho de se transformar num eco-museu como se toda a ilha virasse de repente em cenário de incríveis histórias de encantar.
Estamos no corvo, lado a lado com os moinhos de vento que conferem à paisagem uma tónica poética única. E estamos com gente de respeito que conhece de cor o barulho do vento e respeita o mar que os aproxima do resto do mundo….
