IMAGEM PEREGRINA DE FÁTIMA LEVA AÇORIANOS ÀS LÁGRIMAS

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A Imagem peregrina de Fátima comoveu os milhares de açorianos que assistiram à sua passagem, que participaram nas cerimónias religiosas e que participaram nas várias procissões que foram feitas para transportar a imagem de uma paróquia para outra. Algumas foram feitas a pé e outras em caravana automóvel, mas toda a peregrinação feita nas ilhas de S. Miguel, Flores e Corvo até chegar à ilha Terceira, a emoção vivida pelos cristãos destas ilhas foi intensa. A imagem comove as pessoas, como a nossa reportagem, constatou nos locais por onde a imagem de Fátima esteve. As igrejas estiveram cheias, cheias de luz, de emoção e de cânticos em louvor à mãe de Jesus Cristo. Cada rosto transportava uma emoção, cada palavra uma prece, mas foram as faces rasas de lágrimas que chamavam à atenção, principalmente ao som de “Avé-Maria, Avé-Maria…”. Eram lágrimas de comoção e ao mesmo tempo de festa e de amor. Em cada paróquia, a imagem foi recebida por centenas de pessoas, incluindo crianças da Escolas primárias das freguesias, que ofereceram à Mãe de Jesus Cristo muitas flores. À partida de cada paróquia, os populares acenavam á Virgem com lenços brancos, num adeus sentido. Em Ponta Delgada, a grande concentração deu-se no Campo de S. Francisco, em frente ao Convento da Esperança, onde está a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres. A participação da população foi em massa tal como acontece nas festas do “Ecce Homo”. Depois, houve procissão de velas até à Igreja de Nossa Senhora de Fátima, mas à passagem pelas principais artérias muitas colchas à janela estavam, tal como acontece nas procissões das freguesias. Um gesto de respeito e um sinal de fé.

O Bispo Coadjutor da Diocese de Angra, D. João Lavrador sentiu-se comovido com a participação dos fiéis e lembrou que todos, enquanto cristãos, “temos o dever de participar na Eucaristia. Não se compreende um cristão que não celebra todos os domingos a Páscoa. Ser cristão é viver comunitariamente. Há gente que dispensa a Eucaristia por coisas banais, mas então temos de perguntar o que se passa”, porque, como lembrou, “vivemos hoje uma praga terrível com «somos católicos mas não praticantes”. Para D. João Lavrador isso é terrível porque quem assim pensa ou age não está a partilhar nada com os seus irmãos pelo baptismo. “É necessário vida comunitária. Temos de praticar e comprometer-nos numa partilha fraterna. O que Deus nos deu pelo sacramento não é para nós mas sim para partilhar”. E nesta sequência, D. João Lavrador apelou aos pais e avós, que são educadores, para ajudarem os seus filhos o que é Jesus e a ensinar-lhes o caminho. “A entrega é sempre amor e amor é sempre liberdade, que é sempre escolha, e os pais devem ajudar os filhos a escolher, por que senão não estamos a ajudar a escolher o amor e a liberdade, com responsabilidade, uma vez que é preciso ter em conta que o chamamento de Jesus Cristo é o amor. Ele dá-se por nós”.

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Nélia Câmara

D. João lavrador espera que a presença da imagem de Nossa Senhora de Fátima nas comunidades “faça meditar”, lembrando que Maria, mãe de Jesus, “quando jovem também tinha os seus projectos” e ela pela sua generosidade aceitou o chamamento”, porque é preciso lembrar que “tudo passa e só Deus permanece”.

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